sábado, 20 de julho de 2013

I Simpósio Regional Sul da Associação Brasileira de História das Religiões



Apresentação

Uma das matrizes do processo de universalização das religiões monoteístas euro-asiáticas foi a constituição progressiva e complexa de uma concepção linear de tempo. O triunfo na fé monoteísta é o triunfo de uma fé sem espaço, o que acaba por ensinar outras concepções religiosas a convergir ao mesmo projeto. Entretanto, paradoxalmente, permaneceram, ao longo da história, as referências tensas a espaços especificamente considerados sagrados. O paradoxo dá conta de que não há tempo sem espaço. Entretanto, o discurso historicizante da fé monoteísta – inclusive apropriado por outras formas religiosas – avança mediante a homogeneização dos espaços e das temporalidades num processo similar ao discurso profanizante do secularismo: não há espaços nem tempos qualitativamente distintos. Porém, espaços densos, sobreviventes desta assepsia discursiva, estão estruturando discursos dissidentes. Novos conceitos procuram dar conta desta situação. Fala-se de contexto, região, margem, diáspora, exílio, lugar, adjacência, praça (cena) pública, fronteira, fluxo, etc. São experimentos teóricos que buscam captar a vitalidade da religião e da economia em seus multifacetados intercâmbios em tempos de recuo do historicismo moderno.

Simpósio Temático

Tradição de Matriz Africana e Fronteiras
Coordenação:
Profª Doutoranda Lilian Conceição da Silva Pessoa de Lira (EST),
Prof. Doutorando Marcos Rodrigues da Silva (PUC-SP),
Profª Drª Vera Regina Rodrigues da Silva (UNILAB-CE),
Prof. Dr. Luis Tomás Domingos (UNILAB-CE),

O ST Tradição de Matriz Africana e Fronteiras é um espaço de debate transdisciplinar no campo das Ciências Humanas, especialmente da Teologia e das Ciências da Religião, que se dedica à análise teórica da cosmovisão da tradição de matriz africana, a partir de sua territorialidade, valores civilizatórios e afrocentricidade, no contexto dos diálogos fronteiriços estabelecidos tanto internamente (entre as tradições africanas) como externamente (com outras matrizes religiosas).

Prazos e datas?

10 de agosto de 2013: Data-limite para envio de resumo, por e-mail.
20 de agosto de 2013: Divulgação do Aceite dos Resumos.
06 de setembro de 2013: Data-limite para pagamento inscrição apresentadores/as.
13 de setembro de 2013: Data-limite para envio de texto completo.
10 de outubro de 2013: Data-limite para inscrição para ouvinte.
11 de outubro de 2013: Data-limite para pagamento para inscrição ouvinte.
17 a 19 de outubro de 2013: Realização do Simpósio.
19 de outubro de 2013: Publicação dos anais eletrônicos do Simpósio.

Investimento

Participação como ouvinte: R$ 40,00
Participação com apresentação de trabalho conforme as seguintes categorias:
Estudantes de Graduação: R$ 60,00
Estudante de Pós-Graduação: R$ 80,00
Docentes, pesquisadores/as, profissionais: R$ 100,00

Inscrição

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lançamento do Projeto Ilé-Èkó em Rio Grande/RS



Coordenador do Ẹgbẹ́ participará de Plenária em Brasília


O Coordenador Geral do  Ẹgbẹ́ Ọ̀run Ayé, Prof. Bàbá Hendrix Adégbọ̀hun Ifáyọmi Silveira participará, nos próximos dias 04 e 05 de Julho em Brasilia, da Plenária Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, como etapa preparatória para a III CONAPIR - Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial - cujo objetivo, segundo Edna Santana de Moura da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais, vinculada à SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, é aprofundar o processo de discussão sobre temas, cujas pautas e demandas são estratégicas para o enfrentamento ao racismo e para a efetivação de um Brasil Afirmativo.


A Plenária Nacional contará com 200 participantes de todo país cuja constituição será por delegação estadual. Pelo Rio Grande do Sul além de Bàbá Hendrix termos mais 9 delegados membros das seguintes instituições: FONSAMPOTMA, CEN, MONABANTU, RENAFRO, ACBANTU, CEDRAB, ESTAF e ASSOBECATY.


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Elikia M'Bokolo fala sobre legados civilizatórios da África

Teólogo critica Prefeitura por empurrar terreiros para periferia

Jayro Pereira de Jesus pediu levantamento
censitário dos terreiros
O teólogo da Tradição Matriz Africana Jayro Pereira de Jesus criticou hoje (27/6) as administrações de Porto Alegre por sistematicamente empurrarem para a periferia da cidade os terreiros. "Porto Alegre, no conjunto das capitais brasileiras, é a que mais coloca para a periferia as casas de religião africana. Parece que há uma espécie de racismo e uma intolerância religiosa institucionalizada."

Para Jesus, a cidade não leva em conta o trabalho social e ação na saúde que os terreiros realizam no cotidiano, ajudando a desafogar o sistema tradicional de saúde. "Pesquisas científicas mostram a importância do trabalho dos terreiros neste sentido", assegurou.

O teólogo observou que a prova de que há intolerância religiosa em Porto Alegre está no Código de Posturas da cidade. "O código atual, comparado ao de 1893,  não tem nenhuma diferença." Na época, observou, os terreiros eram considerados espaços malditos. "E resquícios do racismo daquele passado continuam presentes ainda hoje."

Diante da situação, Jesus reivindicou à Prefeitura a realização de novo levantamento censitário dos terreiros existentes na Capital, com o respectivo georreferenciamento. Além disso, o teólogo defendeu que os terreiros sejam de fato reconhecidos como equipamentos que trabalham com a dignidade, a saúde e a vida. "É inadmissível que a prefeitura não reconheça os terreiros."

Texto: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Fonte: http://www.camarapoa.rs.gov.br/
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